A senadora Gleisi Hoffman, do PT do Paraná, desponta nas preferências para presidir o partido. Ela é a candidata do ex-presidente Lula. Embora seja tratada como celebridade no material de divulgação dos congressos estaduais da legenda – o de Pernambuco ocorre no próximo fim de semana –, a situação de Gleisi é cada vez mais complicada.
Na noite desta terça-feira (16), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo dos termos da delação de Fernando Migliaccio, executivo que atuou no setor de propinas da Odebrecht. Migliaccio detalhou aos procuradores da República como dinheiro sujo abasteceu o caixa eleitoral da petista na disputa ao governo do Paraná em 2014.
De acordo com Migliaccio, R$ 5 milhões foram entregues à campanha da parlamentar com autorização de Marcelo Odebrecht. “Os pagamentos foram efetuados em espécie, em uma empresa de marketing de Curitiba", afirmou. Ele disse não se recordar o nome da empresa, mas que a pessoa encarregada de intermediar era um marqueteiro de nome Bruno. A colaboração de Migliaccio foi firmada individualmente e não está entre as delações dos 77 executivos da Odebrecht negociadas em conjunto com a Procuradoria-Geral da República.