O mau funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) das Zonas Leste e Sul de Porto Velho está causando superlotação no Hospital de Pronto Socorro João Paulo II, segundo divulgou o Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO), em nota nesta semana.
A superlotação do hospital, conforme o MP-RO, foi constatada durante inspeção realizada nesta semana pela equipe da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde. Segundo o que foi constatado, os serviços de média e alta complexidade do pronto-socorro estão funcionando de forma adequada. No entanto, a superlotação tem sido agravada pelo atendimento que, de acordo com o órgão, deveria ser oferecido pela UPAs.
Os problemas verificados em inspeções anteriores foram sanados na unidade de saúde, mas, no levantamento de dados de pacientes que ingressaram no hospital para determinados tipos atendimento de média e baixa complexidade, de acordo com o MP-RO, verificou-se que muitos deveriam ser atendidos nas UPAs, mas estão sendo encaminhados ao Pronto Socorro João Paulo II, já que as unidades não estão funcionando adequadamente.
Ainda conforme o MP-RO, o Estado tem tido aumento nos custos com a ampliação do número de leitos, alimentação, medicamentos e outros insumos, o que deve prejudicar o planejamento do pronto-socorro.
De acordo com a assessoria do MP-RO, segundo foi constatado pela Promotoria de Justiça de Defesa da Sáude, o problema nas UPAs não é falta de pessoal, mas de material que é usado no atendimento ao paciente.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), pessoalmente e por telefone, mas o secretário Alexandre Porto preferiu não comentar sobre assunto.