As investigações sobre a morte do ex-prefeito de Candeias do Jamari, Francisco Vicente de Souza (PSB), o “Chico Pernambuco” devem ser encerradas em breve pela Polícia Civil. Com a prisão de quatro envolvidos do crime nesta segunda-feira durante a Operação Brutus, a delegada Keity Mota Soares acredita que o crime estará solucionado. Em coletiva na parte da tarde, os detalhes e os envolvidos serão apresentados.
Com exclusividade, o RONDONIAGORA antecipa um resumo do que já foi apurado.
A Polícia Civil chegou aos nomes dos envolvidos após a prisão de Marcos Ventura Brito, por posse de drogas. A arma do crime foi encontrada com ele e não foi difícil chegar aos demais envolvidos: Marcos estava sendo monitorado pelo Denarc, inclusive com gravação de suas conversas telefônicas. Nesta segunda-feira, a mulher dele, Iasmin Xavier Tejas, também foi presa. Marcos foi contratado por um grupo político ligado ao vice-prefeito da cidade, Luiz Ikenohichi.
A negociação inicial foi feita em 7 de março deste ano, poucos dias antes do crime.
A polícia apurou que Marcos saiu em busca de outros criminosos para ajudá-lo e assim manteve contato com Willian Costa Ferreira, Henrique Ribeiro de Oliveira e Diego Nagata Conceição.
A motivação do crime seria completamente política. Antes da eleição, Chico Pernambuco teria negociado com o grupo do vice-prefeito que cederia a eles as secretarias de Educação e Agricultura em troca de R$ 300 mil para a campanha. Após eleito, o prefeito não cumpriu, mas pressionado concordou que o vice e seus parentes indicassem titulares das secretarias de Ambiente e Educação, mas não indicariam os demais assessores.
No entanto, de acordo com a polícia, o estopim para a morte de Chico Pernambuco foi em 7 de março, quando o então prefeito teria interferido em uma licitação contrária aos interesses da família do vice.