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GRAVE: Inspeção da ALE/RO identifica diversas irregularidades na Penitenciária '470' em Port




Os deputados estaduais Anderson do Singeperon (PV) e Léo Moraes (PTB), membros da Comissão de Segurança Pública e de Direitos Humanos, realizaram na tarde de quarta-feira (4) uma inspeção minuciosa na Penitenciária Estadual Milton Soares de Carvalho (Presídio 470), em Porto Velho.


Com o objetivo de verificar as condições de trabalho dos servidores e a estrutura da unidade, inaugurada em outubro de 2016, os parlamentares se depararam com diversas irregularidades, que vão desde a falta de efetivo suficiente até a fragilidade estrutural intramuros.


A inspeção, que contou também com o acompanhamento da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Rondônia (OAB) revelou que existem apenas três algemas para 400 presos, bem como a falta de cadeados.


“Itens básicos para o funcionamento de uma unidade estão irregulares. Fossas estouradas, sistema de encanamento inadequado que não suporta a pressão da água, torres sem ar-condicionado e com refletores queimados. São alguns dos problemas vividos hoje no 470”, ressaltou Anderson.


Um dos principais problemas apontados pelos agentes penitenciários está no quesito segurança. Ficou constatado que os alambrados e a concertina são frágeis e facilitam a fuga de apenados, como já ocorreu.


“É uma tragédia anunciada. Além disso, a unidade não tem muro fechado, o que aumenta a insegurança na guarda externa”, afirmou Anderson Pereira.


Aliado a esses problemas, Léo Moraes destacou a nuvem de poeira que encobre o presídio.


“São problema sérios para servidores, presos e visitantes. Enquanto não sai as obras de asfaltamento previstas, é necessário pelo menos que o Estado utilize carros pipa para amenizar o problema”, enfatizou.


Sem relação com o fato de o Exército ter realizado na Penitenciária uma operação de revista, já que a inspeção estava marcada pelos parlamentares anteriormente, foi revelado pelos agentes que nenhum dos homens das Forças Militares passou pelos procedimentos de segurança e revista na entrada da Unidade, onde até aparelhos celulares e câmeras filmadoras foram liberados sem problema.


Enquanto isso, os membros da Assembleia foram impedidos de fazer o registro das irregularidades, onde as câmeras foram barradas.


“Certamente tomaremos as medidas cabíveis para fazer valer nossas prerrogativas como fiscais da lei”, acentuou os deputados.

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