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NOVIDADE: Ministério da Saúde entrega 50 barcos para ampliar atendimento indígena





Cerca de 50 aldeias da região do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Solimões serão beneficiadas com a entrega de 50 embarcações. Estes veículos irão reforçar e ampliar a assistência à saúde na região, onde 95% do transporte é fluvial o ano todo. A entrega será realizada, nesta quarta-feira (19) - data em que comemora-se o Dia do Índio - em Tabatinga (AM), pelo ministro interino da Saúde, Francisco Figueiredo. Na ocasião, a comitiva do ministro também visitará a sala da parturiente indígena da Maternidade Celina Vilacrez, espaço que garante às grávidas as práticas indígenas na hora do parto.

“Para garantir o atendimento de saúde à população indígena precisamos de uma estrutura que se adeque a realidade desses povos que, muitas vezes, vivem em regiões distantes ou de difícil acesso. Os equipamentos que entregamos hoje são fundamentais para viabilizar a consulta com profissionais de saúde, fazer exames e ter acesso a medicamentos”, destacou o ministro interino Francisco Figueiredo.

Também serão entregues 40 geradores de energia e três veículos Pick Ups, que vão atender dois Polos Base (unidades de apoio para o atendimento direto à população indígena) e uma Casa de Saúde Indígena (CASAI). A todo, o Ministério da Saúde investiu R$ 970 mil.

Os novos equipamentos vão permitir reestruturar e dar agilidade ao atendimento de cerca de 1.650 famílias ribeirinhas e 9 mil indígenas. As embarcações, equipadas com motores de 15hp, somam-se às 50 já entregues, em agosto de 2016, pelo Ministério da Saúde, para apoiar no deslocamento dos profissionais de saúde e nas remoções de urgência dos pacientes aos Polos Base e Unidades de Saúde de referência.

Os 40 geradores de energia, que também serão entregues, devem melhorar a condição do atendimento e suprir as necessidades das Unidades de Saúde, Polos Base, os sistemas de abastecimento de água dos locais que ainda não dispõe de energia elétrica, além das salas de vacina em caso de interrupção de energia no local.

DSEI ALTO RIO SOLIMÕES – Localizado às margens do Rio Solimões, na divisa com a Colômbia, o Distrito atende a segunda maior população indígena do país, abrangendo sete municípios. A região concentra aproximadamente 65 mil indígenas, de diferentes etnias, como Kaixana, Tikuna, Kocama, Kambeba, Maku-yuhup, entre outros, espalhandos em 189 aldeias.

Atualmente, a população indígena da região, é atendida por 22 médicos que atuam por meio do programa Mais Médicos, 38 servidores e 819 prestadores de serviço por meio de entidade conveniada. A região conta com 12 Polos Base.

SALA DA PARTURIENTE INDÍGENA – O espaço foi criado em agosto de 2016 nas dependências da Maternidade Celina Vilacrez, com o objetivo de beneficiar a parturiente indígena, respeitando sua cultura, costumes e as especificidades das mulheres indígenas. A unidade é resultado da parceria entre o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões e a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas e destina-se exclusivamente ao atendimento de parturientes indígenas da região do Alto Solimões.

Na unidade, as parturientes têm o direito ao atendimento humanizado, com acompanhante, mantendo os costumes tradicionais dos índios na hora do parto, como a utilização de cordas, redes e a presença da parteira tradicional. Com a nova sala, a SESAI espera reduzir a realização de partos tardios, e sobretudo, acabar com os óbitos por causas evitáveis. A Sala da Parturiente Indígena realiza, em média, 40 partos por mês.

INVESTIMENTO – O orçamento para a saúde indígena, nos últimos cinco anos, cresceu 221%, passando de R$ 431 mil em 2011 para R$ 1,6 bilhão em 2016. Atualmente, existem no país 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas que contam com 510 médicos, sendo que 65% são do Programa Mais Médicos.

Para o atendimento aos diversos povos e etnias, são 1.286 Unidade Básica de Saúde de Indígena), 354 Polos Bases (unidades de referências) e 68 CASAI (unidades de tratamento e acompanhamento). Ao todo, são quase 22 mil trabalhadores, sendo 50% indígenas.

MORTALIDADE INFANTIL – Em novembro de 2016, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, lançou, em Manaus, uma série de ações para reduzir em 20% as mortes de bebês e crianças indígenas com até cinco anos de idade. A meta deve ser atingida em 2019. O objetivo é fortalecer e ampliar a assistência impactando nos óbitos evitáveis, já que 65% dos óbitos desses bebês são provocados por doenças respiratórias, parasitárias e nutricionais.

Integram as metas: 85% das crianças menores de cinco anos tenham esquema vacinal completo; ampliar para 90% as gestantes com acesso ao pré-natal; implementar as consultas de crescimento e desenvolvimento para crianças indígenas menores de 1 ano, chegando a 70%; ampliar para 90% o acompanhamento pela vigilância alimentar e nutricional as crianças indígenas menores de 5 anos e investigar, ao menos, 80% dos óbitos materno-infantil fetal.

O foco será no reforço do acompanhamento de gestantes e crianças indígenas e na qualificação de profissionais de saúde em doenças prevalentes na infância.

Na ocasião, em Manaus, também foram entregues cinco Unidades Básicas de Saúde Fluviais para atender ribeirinhos dos estados do Amazonas e Pará, ampliando a assistência.

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