Já entrando na fase das alegações finais, a Ação Penal 0004388-89.2012.8.22.0501 que apura o envolvimento de trabalhadores (barrageiros) nos distúrbios ocorridos na Usina Jirau, em Porto Velho, ocorrido em abril de 2012. Cerca de 24 trabalhadores foram indiciados, acusados de crimes que vão de Incêndio, dano ao patrimônio, extorsão, formação de quadrilha e até constrangimento ilegal e furto qualificado.
O Juízo da 1ª Vara Criminal de Porto Velho, onde tramita a ação, está encontrando dificuldades para citar vários acusados e já chegou a considerar revel alguns trabalhadores. Na época dos incidentes, a Justiça decretou a prisão preventiva de vários acusados presos em flagrante e que foram soltos após 90 dias.
A grande incógnita da Ação Penal é o indiciamento e desaparecimento de dez trabalhadores identificados como José Ribamar dos Santos, Leonilson Macedo Farais, Herbert da Conceição Nilo, Sebastião da Silva Lima, Antônio da Silva Almeida, Lucivaldo Batista Moraes Castro, Ismael Carlos Silva Freitas, Antônio Luis Soares Silva, Cícero Furtado da Silva e João de Lima Fontinele.
Até hoje não se sabe se estão vivos ou foragidos. Entidades ligadas à causa dos movimentos sociais culpam as autoridades pela criminalização dos trabalhadores, que, na realidade, seriam as verdadeiras vítimas. Nunca houve um posicionamento oficial sobre os desaparecimentos e o caso foi levado até o conhecimento das autoridades dos direitos humanos, em Brasília.