A juíza do trabalho, em seu despacho, ressaltou que não se pode comparar a demissão unitária de um trabalhador, que deixa uma família sem emprego, com a decisão em massa, que abala a estrutura social de todos os municípios afetados.
O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços de Rondônia (SITRACOM-RO), filiado à FECONESTE/CNTC/UGT, participa de audiência nesta quinta-feira, 06/04, na Vara do Trabalho de Cacoal, em evento que contará com a presença do Ministério Público do Trabalho e representantes do grupo econômico que está envolvido na demissão em massa de trabalhadores. A audiência será presidida pela Juíza Heloisa Polizei de Oliveira.
Desde que a Ricardo Eletro comprou as lojas City Lar e pairaram no ar as suspeitas de demissões em massa, o Sindicato se mobilizou rapidamente e conseguiu na Justiça do Trabalho uma liminar para que a empresa se abstivesse da decisão. A juíza do trabalho, em seu despacho, ressaltou que não se pode comparar a demissão unitária de um trabalhador, que deixa uma família sem emprego, com a decisão em massa, que abala a estrutura social de todos os municípios afetados.
Após a liminar na Justiça, as partes foram ouvidas pela Justiça do Trabalho e foi decidido que o Sindicato e a parte patronal, com intermediação do Ministério Público do Trabalho, participariam de uma tentativa de conciliação em Ji-Paraná, no dia 28 de março. O sindicato compareceu, conforme acordado com o MPT, mas os representantes da empresa simplesmente ignoraram o fato de que estão promovendo uma ação de tamanha repercussão social e não compareceram.
“Diante deste descaso de uma empresa poderosa, que parece não estar nem aí para com o sofrimento de mães e pais de família que foram ou serão demitidos, o Sindicato vai buscar todos os meios jurídicos possíveis para amenizar os danos que esse grupo empresarial quer impor aos seus trabalhadores”, fdiz nota do SITRACOM.
“Este sindicato fez a sua parte, denunciando essa situação absurda à Justiça, e já conseguiu, preliminarmente, decisões que tentam inibir as ações catastróficas que o grupo quer impor aos trabalhadores de aproximadamente 20 municípios de Rondônia. Nosso departamento jurídico está agindo, dentro dos limites legais, para buscar uma solução justa para essa situação deplorável instaurada pela Ricardo Eletro que simplesmente comprou uma empresa concorrente para fechar essas lojas, não se importando com o sofrimento dessas pessoas que agora vão perder seus empregos e engrossar as fileiras dos milhões de desempregados deste país”, afirmou Francisco Lima.