Atual ministro da Cidadania deve ocupar a Secretaria-Geral da Presidência, abrindo espaço para aliados na Esplanada
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, pode assumir a Secretaria-Geral da Presidência, segundo fontes ouvidas pelo R7. A pasta é ocupada interinamente por Pedro Marques desde a saída de Jorge Oliveira para o Tribunal de Contas da União.
O movimento é estudado dentro da reforma ministerial do presidente Bolsonaro esperada para fevereiro, após as eleições das presidências da Câmara e do Senado. Ao mover peças, o presidente consegue abrir espaço para a nova base de apoio formada no Congresso. O ministério da Cidadania é considerado estratégico por muitos partidos por ser o responsável pelo programa Bolsa Família.
Ainda não se sabe, no entanto, quem irá assumir a Cidadania. "O presidente é caixinha de surpresas. Lembra quando o Marcelo Álvaro saiu do Ministério do Turismo? Muitos começaram a cogitar uma indicação do centrão ou até um militar, daí Presidente foi e nomeou o Presidente da Embratur, Gilson Machado", diz uma fonte próxima das articulações.
Se confirmada, a volta de Lorenzoni ao Planalto ocorrerá um ano depois de ele ter deixado a Casa Civil. Homem de confiança do presidente durante a campanha, na formação e no início do governo, o deputado federal gaúcho foi perdendo espaço e houve quem apostasse que sairia da Esplanada deixando também o governo e reassumindo o mandato na Câmara dos Deputados, destino do seu antecessor na Cidadania, Osmar Terra.
Mas a ideia de Bolsonaro, segundo fontes próximas do presidente, é outra. A tendência é que ele divida a Secretaria Geral, deixando a SAJ (Subchefia para Assuntos Jurídicos), responsável pela publicação de todos os atos do Governo, com o interino Pedro Marques e a secretaria, que é uma espécie de "prefeitura Palácio do Planalto", com Onyx.
No xadrez da Esplanada, há pressões para trocas em mais ministérios. O centrão e partidos da base de apoio do Governo defendem as saídas do titular da Saúde, General Pazuello e de Ernesto Araújo do Ministério de Relações Exteriores.
Já a ala Bolsonarista na Câmara dos Deputados, torce para mudanças na articulação política. O grupo está insatisfeito com o trabalho feito pelo Ministro Luiz Eduardo Ramos. Os relatos são: "Ramos é boa praça, bom de conversa, mas muitos tem visto ele como cedendo muito aos deputados do centrão e nada para os bolsonaristas, pois sabe que os bolsonaristas votam com o governo de qualquer maneira."
FONTE: RECORD TV
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