Foi ouvido na 5ª feira (6.mai), Evitou algumas das perguntas
Senadores da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado querem uma nova convocação do ministro Marcelo Queiroga (Saúde). A avaliação é de que o depoimento foi pouco esclarecedor e objetivo.
Queiroga compareceu à CPI na 5ª feira (6.mai.2021) e evitou responder perguntas sobre a cloroquina, por exemplo. O ministro não quis opinar sobre o uso do medicamento no tratamento de covid. Também evitou avaliar se as condições do Ministério da Saúde eram suficientes para o enfrentamento da pandemia quando assumiu o cargo.
A falta de respostas claras foi alvo de críticas do presidente, Omar Aziz (PSD-AM), e do relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
À Folha de S.Paulo, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que irá apresentar um novo requerimento para a convocação de Queiroga. “É bem provável que ele deva voltar“, afirmou em reportagem publicada no domingo (9.mai). “Isso em condições normais, ainda mais levando-se em consideração o depoimento dele, que foi extremamente evasivo, contraditório, com muita informação truncada.”
Em seu perfil no Twitter, o senador petista disse ainda que espera que um novo depoimento traga mais respostas. “A expectativa é a de que dessa vez o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, responda de forma objetiva, sem rodeios e sem fugas ao tema“, escreveu.
A convocação precisa ser pautada pelo presidente da CPI e aprovada pelo colegiado. Além de Humberto, outros senadores já sinalizaram que um novo requerimento pode ser aceito, incluindo o presidente da comissão.
Em entrevista à GloboNews no domingo (9.mai), Aziz afirmou que uma nova convocação do ministro é apenas natural. “O ministro será chamado, naturalmente, porque tudo aquilo que ele está mostrando, o governo está indo na contramão do que ele disse. Não sou eu que estou me contradizendo. Quem está se contradizendo nas atitudes é o próprio Queiroga.”
O senador Otto Alencar (PSD-BA) também diz acreditar que seja necessário ouvir o atual ministro da Saúde novamente. “O Queiroga não deu respostas que pudessem ser consideradas respostas convincentes“, afirmou à Folha. Para ele, os depoimentos dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich deixaram claro que o presidente Jair Bolsonaro interferia no trabalho do ministério. Mas Queiroga não teria respondido de forma objetiva as perguntas sobre o tema.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, também disse que com o avançar dos trabalhos uma nova convocação pode ser necessária, mas não nesse momento. “Se convoca em decorrência para onde os fatos apontam. Vamos aguardar e observar a necessidade que a investigação requer”, disse à Folha.
FONTE: PODER 360
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