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Em Linhas Gerais - Gessi Taborda – getaco@gmail.com
26/04/2016
FILOSOFANDO
“A educação é, talvez, a forma mais superior de buscar Deus.” Gabriela Mistral (1889/1957), professora, ativista, escritora do Chile, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 1945.
TROMBETEANDO
Nas quebradas do mundaréu as trombetas estão soando: Newton Capixaba, o deputado de Rondônia que se mantém na política especialmente com votos de evangélicos, é outro parlamentar que já passou da hora de ser preso. Ainda não foi esquecida sua participação na Máfia das Ambulâncias, esquema de fraudes em licitações e pagamentos de propinas a parlamentares federais para o direcionamento das emendas para ambulâncias. Nilton Capixaba vive como se nada tivesse acontecido. Mas o processo está andando, garante trombeteadores bem informados.
IMPRESSÃO RUIM
Pelo inegável cenário de abandono de logradouros públicos, muitos (como as praças públicas) tomados pelo comércio ilegal de quinquilharias, contrabando e pirataria, pelo matagal que toma conta de praças, calçadas e parques públicos, pelas centenas de terrenos baldios (até em frente ao Palácio Getúlio Vargas); por tudo isso e mais outras coisas corriqueiras, tem se a impressão de que fiscalizar o prefeito é um atentado violento e proibido de ser feito por vereadores e até instituições do controle externo.
LADO DA MOEDA
O lado obscuro desse governo da capital rondoniense está aparente em todos os quadrantes de Porto Velho, mas o esquema sórdido de proteção desse arremedo de gestão continua funcionando. E assim, sem justificativa técnica nenhuma o programa de travar o trânsito da cidade colocando semáforos em todas as esquinas vai avançando, sem nenhum empecilho, embora esteja claro que tal decisão custa milhões de reais ao erário e certamente pode permitir um gordo caixa dois de campanha eleitoral.
ENRUSTINDO
Com o fim das doações empresariais, já se cogitam jeitinhos para contornar a falta de dinheiro. Um deles seria uma espécie de doação camuflada em serviço, com empresas apoiando indiretamente candidatos por meio de institutos de pesquisa, agências de publicidade e fornecedores que possam oferecer trabalhos “gratuitos” à campanha. Legal não é. Mas...
ESTRELA DECADENTE
A tão anunciada campanha do PT portovelhense na disputa da prefeitura da capital rondoniense corre o risco de nem acontecer. Na verdade, sem contar com os dirigentes do passado para a articulação o partido, dizem fontes credíveis, petistas estão mais perdidos que cego em tiroteio. O nome do ex-prefeito colocado até agora como pré-candidato não tem consenso interno. Na verdade ele só encanta mesmo o derrotadíssimo dirigente da CUT, personagem muito longe de exercer influência no comando do partido e muito menos no eleitorado. Assim, a estrela que já foi cadente hoje é meramente decadente.
INCERTEZAS
O otimismo do empresariado brasileiro continua a registrar patamares muito baixos, atingindo o índice de -13%, apenas um ponto percentual acima do apurado no trimestre anterior de acordo com a pesquisa Internacional Business Report (IBR), realizada no primeiro trimestre de 2016, pela Grant Thornton. O estudo mensura a expectativa do empresariado para os próximos 12 meses. No ranking de otimismo, o Brasil ocupa a 11° entre 36. A nação mais pessimista é a Grécia, e a mais otimista, no topo da lista, é a Índia.
SEM RENTABILIDADE
De acordo com a pesquisa, o Brasil é o terceiro país do ranking com mais empresários inseguros em relação à economia (70%), atrás apenas de Grécia e Botswana. A expectativa de rentabilidade das empresas caiu consideravelmente em relação ao último trimestre, passando de 39% para 27%, registrando queda de -12pp tanto no trimestre quanto no ano.
VAI CRESCER
Um recorde negativo. Segundo dados do Serasa Experian, o Brasil registrará um aumento expressivo no número de empresas que solicitarão pedidos de recuperação judicial. A entidade estima um crescimento de 39% em relação ao ano passado – de 1.287 em 2015 para aproximadamente 1.800 pedidos em 2016. A recuperação judicial consiste na elaboração de um plano de recuperação para pagamento de dívidas sem a interrupção das atividades da empresa, a falência, por sua vez, consiste na venda de ativos (dentro de um processo falimentar) para pagamento das dívidas (passivos).
NO MOLHADO
Ontem mais uma vez a Assembleia Legislativa foi palco de um longo blábláblá dentro da sua programação de audiências públicas, muitas das quais não passam do chamado truque de madame, sem praticamente nenhum aproveitamento para a sociedade do estado. Ontem por exemplo a conversa girou em torno das atribuições das polícias Civil e Militar que, como se sabe, são previstas na Constituição e ao estado, claro, compete apenas o cumprimento dessas exigências. Mais um ato realizado para atender o capricho do deputado Jesuíno Boabaid (que não se perca pelo nome), egresso da vida de caserna.
COMÉDIA ABSURDA
Verdadeiramente a manchete do jornalão do senador no último sábado foi criada, com certeza, por alguém com toda vontade de ser humorista: “Acesso de turistas à EFMM terá fiscalização rigorosa”. Turistas?? Quem, cara pálida? Onde?
E para alinhavar, o gozador ainda acrescentou: “Ferroviários estão sendo treinados para orientar turistas”. Treinados por quem? Orientar sobre o que? É muita cara de pau. Onde uma vez existiu uma lendária ferrovia, onde existe mato, sujeira, fedentina e todos os exemplos de uma cidade abandonada. Turistas?? Se se for ETs invisíveis? Esse pessoal tem um dom de iludir inimaginável...
TORNEIRA FECHADA
Já existe uma decisão: assim que Temer assumir em substituição a Dilma haverá um corte radical nos gastos com a publicidade em blogs, plataformas digitais e até mesmo revistas que só vivem para divulgar atos positivos do governo e defender o PT. Também serão cortados recursos usados para irrigar movimentos sociais petistas, como o MTST, UNE, MST e outros penduricalhos que estão prometendo incendiar o país. Sem a grande do governo, não vão poder comprar nem fósforo e muito menos gasolina para os incêndios.
GOLPE? CONVERSA FIADA
O jornal espanhol El País matou a charada. Como pode haver golpe se Dilma viaja em avião oficial, com assessores e aparato diplomático, deixa o suposto “golpista” em seu lugar, não decreta estado de emergência e nem convoca as Forças Armadas, tudo isso quando o resto do governo aproveita o feriado para ir às praias. Então não há que se falar em golpe. Dilma na verdade não quer entender o espírito da coisa...