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INÉDITO: Raquel Dodge diz que Aloysio Nunes recebeu R$ 500 mil da Odebrecht

A petição é desdobramento de um inquérito aberto em março pelo sucessor de Dodge na Procuradoria-geral da República




Em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o fato de o atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB-SP), ter recebido R$ 500 mil da Odebrechtpor meio de um esquema que financiou sua campanha nas eleições de 2010 é “incontroverso”.


“É fato incontroverso que houve o repasse de recursos para a campanha do senador Aloysio Nunes. Resta investigar a origem destes recursos e a finalidade do repasse”, escreveu a procuradora-geral ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes. Esse repasse da empreiteira não aparece na prestação de contas que o tucano fez à Justiça Eleitoral nas eleições daquele ano. Em 2010, Aloysio disputou vaga no Senado.


A petição é desdobramento de um inquérito aberto em março pelo sucessor de Dodge na Procuradoria-geral da República, Rodrigo Janot, depois de dois delatores da Odebrecht terem admitido o pagamento a Aloysio para a PGR. O senador José Serra (PSDB-SP) também é investigado no mesmo inquérito.


Dodge, no entanto, sinalizou que os tucanos devem sair impunes de parte das investigações, porque alguns crimes de que são acusados teriam acontecido antes de 2010 e, por isso, estariam prescritos. Apesar disso, a procuradora não pediu arquivamento dos inquéritos.


Na petição entregue ao STF, Dodge cita uma manifestação da defesa de Aloysio, segundo a qual dois dos delatores declararam à Polícia Federal que “as doações para a campanha não foram condicionadas à prática de ato de ofício em favor da empreiteira”.


Em nota, a assessoria de imprensa do ministro nega que o Aloysio tenha recebido qualquer repasse ilegal. “Conforme relato dos delatores, a empreiteira nunca condicionou a resolução de problemas envolvendo obras ao pagamento de vantagem indevida ou mesmo a realização de doação eleitoral”, diz o texto. “Por isso, não há que se falar em crime de corrupção, como será comprovado ao final do inquérito em curso”.

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